15 de nov. de 2012

Há tempos sou incapaz de findar um poema


Há tempos sou incapaz de findar um poema
Eles ficam trôpegos, a vagar por aí inconclusos
Cheios de vida e
de repente:
Mortos,
sem saída.
Feito criança que pula brinca corre e tropeça no próprio passo
Eles são e não podem ser
Frágeis de nascimento
Fortes na caminhada
Correm por entre paredes e casas e sonhos
Mas nada
Não posso fazer com que se concluam
Inacabados como a vida
Adormecidos como a morte
São palavras e versos andarilhos
Que vagam sem rumo
Ressoam no asfalto
Encontram ou não corações baldios
e se esgotam
Minha foto
Viajante espacial da poética atemporal.

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