29 de mar. de 2011

Uma lágrima escorre de pesar.
Estar seco para o mundo parece o melhor a se fazer
Quando nada mais é natural como uma flor.
Cobrir-se com a natureza e estar menor que um grilo
Faz da vida mais leve
Porque serenidade também se constrói a partir do caos
E aprender a virtude da paciência é como estar entre deuses
Num corpo de mosquito.

14 de mar. de 2011

Ninguém melhor do que Caeiro
para me dizer de mim:


"Não tenho ambições nem desejos.
Ser poeta não é uma ambição minha.
É a minha maneira de estar sozinho."



Alberto Caeiro, no Guardador de Rebanhos, p. 17.

4 de mar. de 2011

a Março

Estou sempre a fazer poemas p`ra Março
Porque amo o jeito como Março chega
Vem com cheiro de chuva molhando a terra
Vem com frescor matinal que faz sorrir
Traz consigo o vento de pré-outono em tom de sépia
Que faz gracejo às saias rodadas das meninas
E carrega os chapéus dos moços desajeitados.
Eu gosto quando Março chega
Porque põe fim ao infernal calor de fevereiro,
Fazendo suar as nuvens,
E molhando com zelo nosso quintal.
Porque Março é de um verão ameno eu gosto
Porque é um tempo de amenidades e confortos,
Equilíbrio e mansidão
Aconchego, reflexão,
Eu gosto.
Eu adoro quando entra em Março
E me vem uma inspiração poética única
Da poesia de Março
Da nostalgia de Março
Da canção de Março
Das águas cristalinas de Março.
Eu vivo melhor em Março
Porque amanso a alma
Acalmo a mente
Refresco o corpo
Acordo.

Março se esvai e eu fico
Aqui a sonhar com o próximo Março
E brinco com as folhas secas caídas
Do outono que Março traz.

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Minha foto
Viajante espacial da poética atemporal.

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