Tenho o cansaço das paredes
inerte, empalidecida, tenho
rasgos cicatrizes marcas
d'outras vidas
O assombro de antigos tempos:
adormecido
O vigor pelas manhãs:
não amanhece
Tantas tralhas
d'antes raras e propícias
agora, nada,
me enlouquecem
Nem os livros
sempre abismos abrigos contra
duradouras tempestades
presentemente são
muitos e vãos descabidos mundos
para uns olhos mudos que não podem ver
Aonde o broto verdejante?
Nas entranhas feridas cintilantes
esses brilhos de doença regozijam-se de
meu martírio
Que há de livre no uivar dos cães?
Que há dos ricos no
murmúrio balbuciante dos
indigentes?
Que há de vida na poesia aflita que
congela presentes para
forjar partidas?
Que?
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