~
Muito de repente perdemos os cabelos, as cores, os dentes
Muito de repente dá-se conta de que se é
E se se é, vive-se.
Arranja-se com a cor dos lábios,
Negros, sedentos por carne,
Uma culpa mórbida de morto-vivo e dor
Zumbe ao escurecer lunar
De fome e apreço por seu próprio altar.
Patrícia Borde
~
Oi, Patrícia, aqui é o Rafael, eu estudei esse semestre com você na turma do Everardo, e peguei teu blog contigo no dia do sarau da Marisol. Achei muito bonito conhecer isso que tem dentro de você. E a surpresa maior, porque eu não sabia (vim atrás dos escritos) foi ao ver os desenhos e as pinturas. E aí eu fui procurar na internet, porque fiquei encantado mesmo. E achei, pelo seu nome, o seu orkut, com outras pinturas suas. Achei tudo muito lindo. Lindo e um pouco triste. Mas a tristeza talvez venha um pouco de mim. Mas por trás das cores e das formas eu senti alguma coisa triste que perdura.
ResponderExcluirE ao ler o post de setembro de 2009, a impressão que tive - se é que eu posso me intrometer naquilo que você escreve - foi a de um diálogo entre suas angústias - ou as do eu lirico - muito fundas e os seus desenhos, que parecem cicatrizes abertas.
Enfim, desculpa me intrometer tanto em tudo assim. Mas é que eu fiquei emocionado, e quis dizer algo. Retribuir, talvez, com alguma coisa aquilo que senti aqui.
Beijos, Patrícia. Continuarei de olho no blog, se você atualizar.
Rafael.
"E se se é, vive-se."
ResponderExcluirPrecisei pensar nesse verso por um tempo. Concordei, discordei, pensei que não me cabia concordar ou discordar; acabei por voltar a concordar, depois de um tempo, independente de tudo.
Mas conste que a digestão foi dolorida. O que acho bastante bom, apesar do tom. Hihi.